Resenha: Castello Branco

Resenha: Castello Branco

Castello Branco

Edificante seja este Castello Branco. Que para ele entoar é intuir. E só é possível ter uma vida que valha a pena, crer-sendo. De um qualidade indiscutível o álbum “Serviço” vem nos brindar com músicas que falam sobre temas simples mas carregados de complexidade existencial. E esse tom messiânico, essa adoração latente pela gratidão e pelo amor, talvez deve-se ao fato de que, Lucas Castello Branco foi criado num monastério. Então, desde cedo, o menino esteve perto dessa energia transcendente, Deus.

Essa calma na alma, é o presente mais singelo que ele poderia nos dar. E acaba gerando uma “Necessidade”. Que ninguém fica inerte ao escuta-lo. A emoção surge em cada palavra proferida, a paz vai surgindo. Tudo bem. Tenho que confessar, senhores! Isso daqui não é uma resenha, não. “kdq”? É um relato pessoal, de quem se apaixonou pela sonoridade desse cara, que canta a simplicidade da forma mais bonita, do jeito mais inspirador. Para mim, Castello Branco ressignica a MPB. Esse moço é muito “old soul”, mas no entanto é tão contemporâneo. Acho que é isso, ele traz o que a tempos, temos deixado de lado. Aquelas coisinhas que realmente importam: pureza, inocência, essência. Uma aura de luz, ele tem.

Uma vez escrevi um texto, inspirada por “Crer-sendo”, e senti a necessidade compartilhar um trecho:

“(…) Crescer me fez abandonar algumas coisinhas por aí. Na verdade me fez deixar ir, o que realmente deveria partir. Inclusive, a velha máxima de que é necessário crescer (altura, tamanho, peso). Eu, prefiro crer-ser, acreditar, crer-sendo. Atento a tudo isso eu vou vivendo. Atento ao que virá, ao que preciso guardar, ao que me faz saber, aprender. Conhecimento. Que crer-ser é isso, o respeito ao que sem tem por dentro. Deixar aflorar. E por fim compartilhar a boa nova. Equilibrar nossos sonhos e as necessidades do mundo.”

Ah, Castello! Parabéns pela genuinidade, pela leveza, pela “Palavra Divina; Quietude Extraordinária”. E por todas as outras coisas. E obrigada por compartilhar conosco, seus tons, seu som, essas maravilhosas canções.

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Day, louca sem ponto nem vírgula, aventureira na escrita, engajada nos rolês poéticos, costuma ser atropeladora de caô e, vive sempre na montanha russa.

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