Banheiro Feminino: Afinal, de Quem é o Controle Remoto?

Banheiro Feminino: Afinal, de Quem é o Controle Remoto?

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Esta semana, resolvi fazer um post que chamasse mais à reflexão. Não sei se tem a ver com o alinhamento dos planetas, o movimento da lua sobre as águas ou qualquer coisa desse tipo, mas tenho visto nas pessoas uma necessidade real em relaxar.

Tenho uma amiga que não vou contar o nome. Uma noite, ela foi pra balada, bebeu, foi pro banheiro, deitou no chão, chorou por “ele” e foi varrida pela tia da limpeza. Ela perdeu o controle. Quem nunca?

Sabe aquela música da Clarice Falcão? “O que eu bebi por você…” – ouça no vídeo abaixo. Pois é. Perder o controle.

Porém, esses últimos dias, o que mais tenho pensado é … Por que a gente sempre briga para ver quem vai escolher o canal se, no fim das contas, nem está passando nada tão legal assim? Por que essa necessidade de estar sempre sob controle?

Já parou para pensar o quanto você se importa com o que ele sente/ pensa de você? Ou o quanto está sempre pressionado pelo que seu chefe acha do seu trabalho? Ou fica indignado se os planos do fim de semana vão por água abaixo?

Acontece que somos humanos e, se tentarmos dominar tudo que acontece ao nosso redor, o tempo todo, em poucos anos estaremos no hospital psiquiátrico, falando sozinhos e andando de pantufas velhas com cor de burro quando foge.

A gente PODE E DEVE se descontrolar. Temos nosso lado primitivo e sim, é possível errar, sentir raiva ou tristeza. É permitido se jogar no chão de vez em quando, só pra aliviar a tensão. E nem sempre precisamos estar à frente da escolha do canal.

Uma outra amiga – bem mais sensata que eu e todas que conheço – me questionou, certa vez, por que eu precisava resolver aquela DR naquele dia. Eu simplesmente não soube a resposta. E, quando tive a oportunidade, fiquei calada. Foi o melhor conselho que segui na vida e me rendeu um ótimo fim de semana.

No fim das contas, o melhor jeito de ver TV é deixar-se surpreender com o que está por vir. Descabele-se, atrase quando puder, chegue mais cedo se quiser. Mas permita-se ser um pouco mais visceral nesse mundo que só cobra todo o tempo e que não permite respirar. A razão é relativa e não precisa guiar seus passos a cada segundo. Carpe Diem 😀

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Carol Tavares é jornalista. Passou pela MTV, pela Bandeirantes e a hiperatividade levou seu caminho a cruzar felizmente com o Jardim Elétrico e criar a produtora Jazz House. Apaixonada por música, pelo amor, por Alberto Caeiro e por seu acampamento no Jalapão.